Iceberg gigante pode desestabilizar correntes marítimas do planeta
Um gigantesco bloco gelado que possui 2.550km², 78 de comprimento, 40 km de largura, podendo pesar mais de um bilhão de toneladas e que equivale a metade do Distrito Federal virou manchete no mundo todo após sofrer impacto com outro imenso iceberg. Ambos são de origem Antártica e fazem parte da Geleira de Mertz, onde se localizava a Língua de Gelo.
A galeria de Mertz se projeta para fora do Continente Antártico, apontando para (cima) Austrália, formando uma curiosa imagem retangular e por isso é chama de língua de gelo.
Mertz freqüentemente expulsa grandes blocos de gelo, formando um grande complexo de icebergs que ficam circulando às suas margens. Como podemos observar nas imagens, o que preocupou muitos cientistas mundo afora, não foi o impacto entre os icebergs, o desprendimento do grande bloco ou se o fato é mais uma conseqüência do aquecimento global e sim o caminho e a trajetória que a grande pedra de gelo percorrerá até sua dissipação.
O “Gigante Gelado” batizado por mim mesmo deslocou-se após ter sofrido impacto com um iceberg maior e mais velho, o B-9B, ambos fazem parte da Geleira Mertz e estão em uma área do Oceano Antártico chamada de Polinia, espalhadas também em outras partes de oceanos frios. “Se os grandes blocos como estes se deslocarem ao Leste e encalharem por lá devido a baixa profundidade das águas, ou se deslocarem ao Norte antártico até chegar à Austrália região de clima quente, não teríamos nenhum impacto para as correntes oceânicas. Mas se os icebergs permanecerem nesta região (polinia) eles vão bloquear a produção de água densa e gelada do oceano exemplificou o cientista Legresy, explicando ao dar a devida importância ao acontecimento. Ainda segundo Lagresy, falou que aquela região é responsável pela produção de 25 % da água densa e gelada do planeta e se houver uma desaceleração da produção dessas águas, mudanças como, invernos extremos poderão ocorrer ao longo do tempo, animais como baleias, e algumas colônias de pingüins imperadores da Austrália também poderão sair muito prejudicados porque poderá haver falta de alimentos para essas espécies, desencadeando vários outros transtornos ambientais. Toda teoria foi confirmada em entrevista dada a BBC Brasil por Neal Young, Glaciologista do centro de Pesquisa de Ecossistema e Clima Antártico na Tasmânia afirmando categoricamente que “qualquer interrupção na produção dessas águas densas, profundas e extremamente frias daquela região pode afetar SIM as correntes oceânicas e por conseqüência acorrerá mudanças nos padrões climáticos principalmente da região norte americana ao longo de alguns anos.
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